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Vulcão nas Filipinas expele lava e moradores saem às pressas
Exteior
Publicado em 13/06/2023

O vulcão Mayon, o mais ativo das Filipinas, estava expelindo lava por suas encostas nesta segunda-feira (12), levando autoridades a fazer alerta a dezenas de milhares de moradores para se prepararem para fugir de suas casas. Mais de 13 mil pessoas deixaram as comunidades agrícolas em um raio de 6 quilômetros da cratera do vulcão desde que a atividade vulcânica aumentou na semana passad

Agora o alerta, que chama a atenção para o risco de a erupção suave se transformar em uma explosão violenta e com risco de vida, é para a parcela de residentes que permanece na zona de perigo abaixo de Mayon, uma área há décadas proibida para moradia, que entretanto é ocupada por gerações que não têm outro lugar para ir.

Com o vulcão começando a expelir lava na noite deste domingo (11), a zona de alto risco ao redor de Mayon pode ser expandida caso a erupção se torne violenta, disse Teresito Bacolcol, diretor do Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia. Bacolcol disse que, se isso acontecer, as pessoas em qualquer zona de perigo expandida devem estar preparadas para evacuar para abrigos de emergência.

– O que estamos vendo agora é uma erupção efusiva – disse Bacolcol à Associated Press.

– Nós estamos olhando para isso no dia a dia.

Com as lavas fluindo, pessoas saíram apressadamente de restaurantes e bares em um calçadão à beira-mar de Legazpi, capital da província de Albay, a cerca de 14 quilômetros de Mayon, no domingo. Muitas delas tirando fotos do vulcão – que é uma atração turística popular conhecida por sua pitoresca forma cônica.

Com seu pico muitas vezes envolto por nuvens, o vulcão de 2.462 metros parecia calmo na segunda-feira e não podia ser facilmente visto sob o sol forte. O nível de alerta foi acionado em nível três, em um sistema que vai até cinco, na quinta-feira (8), o que significa que o vulcão estava em estado de grande agitação e uma erupção perigosa é possível em semanas ou dias. Com a lava fluindo suavemente do vulcão, Bacolcol disse que o nível de alerta permaneceria em três, mas poderia ser movido para mais alto se a erupção repentinamente se tornar perigosa.

O alerta mais alto, nível cinco, significaria uma erupção violenta e com risco de vida. A última erupção violenta de Mayon foi em 2018, desalojando dezenas de milhares de moradores. Em 1814, a erupção de Mayon enterrou aldeias inteiras e supostamente deixou mais de mil mortos.

AJUDA PARA ENTERRAR O MARIDO
A última erupção de Mayon foi uma das tragédias consecutivas que atingiram Amelia Morales e sua família nos últimos dias. Seu marido morreu de aneurisma e outras doenças na sexta-feira (9) e ela teve que realizar seu velório em um abrigo de emergência lotado em Guinobatan porque ela e seus vizinhos receberam ordens de ficar longe de sua comunidade perto de Mayon.

– Preciso de ajuda para enterrar meu marido porque não temos mais dinheiro – disse Amelia, de 63 anos, enquanto se sentava perto do caixão de madeira branca de seu marido sob uma frágil tenda aberta em um canto do centro de evacuação.

– Não posso fazer nada além de chorar.

*AE

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